sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

::: MARTE VISTO DO TAMANHO DA LUA CHEIA? ESQUEÇA! :::

::: MARTE VISTO DO TAMANHO DA LUA CHEIA? ESQUEÇA! :::





Marte do tamanho da Lua Cheia. Seria incrível se fosse verdade!

Desde 2003, e sempre em agosto, um boato ronda a internet. Geralmente a falsa notícia chega por e-mail, em algumas versões, e em várias línguas. Mas em todas elas tentam vender a ideia de que o planeta Marte vai aparecer na noite do dia 27 de agosto do mesmo tamanho da Lua Cheia!

Seria mesmo incrível se isso acontecesse! E, de tão fantátisco, sem verificar a fonte, num típico ímpeto de internauta sempre abarrotado de informações, lá está o dedinho no mouse enviando a mensagem para todos da sua lista de amigos. E assim, o boato que fica hibernando por todos os outros meses do ano, revive a cada mês de agosto!

Venho escrevendo sobre isso ano após ano aqui no blog. Para não ser repetitivo, deixo os links abaixo onde explico a origem do boato e aprofundo o tema.

Espalhe os links abaixo. Indique também o link para este post. Ajude a disseminar pela internet o antídoto para este boato sobre o planeta vermelho que explora o desconhecimento de assuntos de Astronomia por parte da maioria das pessoas. Já que o boato existe, vamos aproveitar para pensar! E, principalmente, aprender um pouco mais sobre os mistérios do céu que, na verdade, nem mistérios são. Tratam-se apenas de fenômenos deliciosamente descritos e explicados pela Física!

E não fique triste se você havia recebido esta falsa notícia e já estava se preparando para o espetáculo. Para ficar do tamanho da Lua Cheia Marte, teria que chegar muito perto da Terra (cerca de 750.000km, praticamente o dobro da distância Terra-Lua). Mas, como Marte tem cerca de 9 vezes a massa da Lua, de brinde, com o espetáculo observacional a olho nu, certamente teríamos sérios problemas com a gravidade extra, possivelmente catástrofes naturais.

Segundo Newton, "a força gravitacional entre dois corpos depende do produto de suas massas e do inverso do quadrado da distância entre eles". Com Marte mais perto da gente, seria como se nosso planeta ganhasse uma nova Lua, 9 vezes mais massiva e duas vezes mais distante.

Para efeito de comparação, veja abaixo o cálculo da força de atração Terra-Lua (FTL) e da força de atração Terra-Marte (FTM) supondo que a Terra tem massa M, a Lua massa m e Marte massa 9m. Usaremos ainda a ideia de que a distância média Terra-Lua é d e que Marte ficaria a uma distância de apenas 2d da Terra. G é uma constante na expressão da Lei da Gravitação Universal de Newton. Confira:

FTL = GMm/d²
FTM = GM9m/(2d)² = 9GMm/4d² = 9/4 x GMm/d² = 2,25FTL

Nesta situação hipotética, Marte exerceria uma atração gravitacional 2,25 vezes mais intensa do que a nossa Lua exerce sobre a Terra! Imagine só o efeito da gravidade marciana sobre a superfície do nosso planeta, em especial nos oceanos! É melhor deixar Marte lá longe, certo? E, quando quisermos vê-lo de perto, usamos um bom telescópio!

Imagens de MARTE! Aproveitem! :):)




quinta-feira, 29 de julho de 2010

Asteroide pode atingir a Terra em 2182

Sistema de monitoramento calcula que a probabilidade do asteroide (101955) 1999 RQ36´ atingir a Terra é a de uma em mil – sendo que mais da metade de suas chances correspondem ao ano de 2182.

Os dados foram revelados por um grupo internacional de cientistas que trabalham no monitoramento dos objetos próximos ao planeta.

O corpo celeste de 560 metros de diâmetro é parte da lista de Asteroides Potencialmente Perigosos (PHA) e foi descoberto em 1999. Sua órbita é conhecida graças a 290 observações diretas e 13 medições de radar – mas existe uma incerteza nela. Além da gravidade, seu caminho é influenciado pelo efeito da radiação do sol, uma vez que ele é um objeto relativamente pequeno.




Os cientistas calculam e estimam a probabilidade de impacto de asteróides pode meio de dois modelos matemáticos. O sistema chamado Neodys possui duas sedes, uma na Espanha e outra na Itália, e funciona da mesma maneira que a central da Nasa, que controla asteróides no seu Jet Propulsion Laboratory.

“O foco são previsões para os próximos 100 anos”, diz María Eugenia Sansaturio, co-autora do estudo e pesquisadora na Universidade de Valladolid, “mas começamos a perceber que alguns dos corpos não teriam impacto no próximo século, mas poderiam ter mais para frente”, diz ela, que trabalhou com cientistas da Universidade de Pisa, do JPL e do INAF-IASF, em Roma.

No site do projeto Neodys há uma lista com todos os objetos monitorados – e suas chances de impacto. “A menor probabilidade é 10^-11”, diz María. “Somente monitoramos para ver como a situação evolui. Talvez daqui a duas semanas tenhamos mais dados e possamos descartar um impacto”, diz.




A pesquisadora ainda ressalta que o objetivo da pesquisa não é gerar alarme, mas sim prevenir. “É uma questão de manter o olho neles”, explica. “Nunca se sabe quando um asteroide virá e quanto tempo teremos para tomar uma medida. Quanto antes, melhor”.

Fonte: Paula Rothman (INFO Online)